A ciência dos dados vai ser trabalhada em Lisboa, mas as rotas do Royal Mail e da Uber só poderão mudar em Londres. Entre estas duas geografias há um projeto da Hitachi Ventara a decorrer que só deverá terminar no final do verão de 2022.
Depois de ganhar um concurso lançado pelo governo britânico, a delegação portuguesa da Hitachi Vantara vai juntar os dados relativos às rotas de mais de 3000 carros elétricos e não elétricos da Uber e dos correios londrinos à informação da rede elétrica da Ofgem para apurar padrões de consumo que poderão ser úteis para definir a futura rede de carregamentos de carros elétricos da capital britânica.
“Os dados relativos a padrões de consumo, quer venham de particulares quer venham de empresas são pouco representativos da realidade futura, quando os veículos de distribuição entrarem na era da mobilidade elétrica. É para isso que queremos recolher dados que podem ajudar a definir diferentes serviços. Até para as próprias empresas poderem saber que decisões devem tomar ou não na mobilidade elétrica”, explica Jorge Antunes, diretor da Hitachi Vantara para a região da Europa, África e Médio Oriente.
O responsável da Hitachi Vantara informa que, nos próximos tempos, as empresas que participam no projeto vão começar a fornecer dados sobre percursos, paragens, quilometragens, e consumos energéticos das diferentes frotas de veículos. “Ainda não há muitos estudos deste gênero”, garante.
O projeto já levou a Hitachi Vantara a instalar, nos escritórios de Lisboa, uma plataforma tecnológica que vai processar informação em busca de padrões de viagem e necessidades energéticas mais comuns. “O projeto tem definidos três objetivos: minimizar o impacto na infraestrutura elétrica para alimentar carros elétricos; analisar propostas de valor que poderão ser oferecidas aos carros elétricos; e qual a infraestrutura de distribuição que deve ser instalada”, conclui Jorge Antunes.
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Publicado no Verdesobrerodas
Por Exame Informática conteúdo
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