
Os números fazem parte de um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E na sigla original), que junta organizações não governamentais europeias na defesa de transporte sustentável.
O documento divulgado da T&E, da qual a associação ambientalista portuguesa Zero faz parte, especifica que no primeiro trimestre deste ano foram vendidos 4.777 automóveis elétricos, dos quais 2.676 eram 100% elétricos.
O aumento, em Portugal e noutros países, prova que “os investimentos em carros elétricos e os planos de produção de veículos elétricos, impulsionados pelos limites de dióxido de carbono (CO2) da União Europeia (UE), estavam a começar a dar frutos”, salienta a federação, que teme agora que os automóveis elétricos não vençam a crise sanitária do novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19.
A UE fixou metas de emissões de CO2 para os transportes já para 2020/21, mas os construtores “deixaram atrasar” os investimentos necessários e pouco se prepararam antes de 2019. Diz-se no estudo que a China entre 2017 e 2018 investiu sete vezes mais no carro elétrico do que a UE — 21,7 mil milhões de euros contra 3,2 mil milhões.
A tendência inverteu-se em 2019, devido à regulamentação europeia sobre emissões de CO2, com a Europa a receber nesse ano 19 vezes mais investimentos do que nos dois anos anteriores, 3,5 vezes mais do que a China. A Alemanha e a República Checa iam na frente.
Com esse incremento, as vendas de carros elétricos subiram 80% na Europa no último trimestre do ano passado, atingindo 4,4% de participação de mercado. Países como a França, a Alemanha ou o Reino Unido bateram recordes de venda nos primeiros meses deste ano. Com a crise provocada pelo novo coronavírus, estima a T&E que a produção de veículos elétricos “provavelmente sofra menos do que a dos veículos convencionais”.
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Postagem: Vendas de veículos elétricos crescem 57% em Portugal
Publicado no Verdesobrerodas
Por Observador conteúdo
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