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domingo, 31 de maio de 2020

Veeco RT nasceu como um projeto de investigação

A grande maioria de nós, portugueses, somos incapazes de indicar mais do que uma ou duas marcas de automóveis lusitanas. 

Aqui, na Turbo, e durante as próximas semanas, pretendemos retificar esta lacuna, pois, na verdade, Portugal está repleto de histórias, projetos e marcas dignas da nossa consideração. Hoje damos-lhe a conhecer a VE, e o Veeco RT.

A VE – Fabricação de Veículos de Tração Elétrica, sediada no Entroncamento, surgiu como uma empresa com um propósito específico: desenvolver veículos de propulsão elétrica. Em 2009, a empresa iniciou o projeto do seu primeiro veículo, o Veeco RT. Idealizado por João Oliveira, professor e engenheiro mecânico, o projeto assumiu-se com o objetivo de investigar e desenvolver tecnologias de propulsão 100% elétrica, e, no processo, culminar com a construção e produção do primeiro desportivo elétrico português. 

O Veeco RT nasceu, assim, como um projeto de investigação, encabeçado pela VE, e desenvolvido em consórcio com o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL). 

Contou, ainda, com o selo da iniciativa EUREKA e foi financiado pela QREN e pelo Compete 2020, no âmbito de sistemas de incentivo à investigação e desenvolvimento. O investimento implicou um total de 1,7 milhões de euros, sendo que, o veículo, contou com uma percentagem muito baixa de componentes estrangeiros.

A versão final do Veeco RT foi apresentada em 2012. Sendo que, já nessa altura, a produção estava planejada para vários pontos do território nacional, tornando, dessa forma, este carro 100% elétrico, ainda “mais português”. Quanto aos componentes, o chassis era fornecido pela NCP – Fabrico de Produtos Metálicos S.A, sediada em Aveiro, ao passo que a carroceria era construída na Fibrauto, de Vila Nova de Gaia. Local onde, de resto, estava prevista a produção em série deste desportivo.

O design do Veeco ficou a cargo do arquiteto Pedro Almeida, o qual, em conjunto com os responsáveis do projeto, decidiu enveredar por uma configuração “reverse trike”. Isto é, com duas rodas no eixo dianteiro, e apenas uma atrás. 

Com um chassis do tipo tubular, fabricado em aço, a carroçaria tinha a forma de “gota de água”, tendo sido concebida para atingir uma elevada eficiência aerodinâmica, além de uma imagem verdadeiramente desportiva, graças às proporções marcadas por uma baixa altura, e uma grande largura.

Com um centro de gravidade baixo, o Veeco tem 70% do seu peso sobre o eixo dianteiro, e 30%, sobre o eixo posterior. Beneficiando, ainda, de um motor de indução e variador eletrônico de velocidade de 30 kW (nominal) a 80 kW (pico), que lhe permite atingir os 100 km/h em 8 segundos, e alcançar os 160 km/h. A potência é transmitida apenas à roda traseira, através de uma correia feita em carbono, com uma perda de potência de apenas 2%. 

No que à autonomia diz respeito, este elétrico recorre a um conjunto de baterias do tipo LiFePO4, com capacidades entre os 16 e 48 KWh, e que permitem uma autonomia anunciada de, até 400 km. Valor impressionante, ainda hoje, em 2020. O Veeco RT possui, ainda, um sistema de recuperação de energia. Quanto à habitabilidade, senta dois passageiros, contando, ainda, com uma pequena mala traseira.
 
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Publicado no Verdesobrerodas



Por Revista Turbo conteúdo

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