Em declarações ao Automotive News, Emilio Herrera explica que “um dos maiores desafios é tornar os veículos elétricos lucrativos. E quanto menor o carro, mais complicado é. Portanto, um EV de 10.000 euros é muito desafiador e pouco realista.
Sabemos o quão difícil é porque estamos a procurar produzir uma versão elétrica do Picanto. Ainda não há nada confirmado, mas estamos realmente a analisar isso. Mas não creio que possa custar menos de 10.000 euros, a menos que se reduza o veículo ‘aos ossos’”.
Emilio Herrera acrescenta que, se partirmos de um preço base de 10.000 euros de um Picanto a gasolina, uma versão elétrica deste citadino coreano iria custar perto de 20.000 euros. “É necessário somar de 8.000 a 9.000 euros ao preço da unidade a gasolina”, refere Herrera que lembra que “desde que haja incentivos fiscais para apoiar as vendas de veículos elétricos, esse valor [de 10.000 euros suportados pelo público] pode ser viável. Mas acho que esses incentivos terão desaparecido dentro de cinco anos, porque haverá tantos EV disponíveis nessa altura que os governos não seriam capazes de apoiá-los”.

O Grupo Volkswagen vende 4 milhões de automóveis na Europa; eles precisam de compensar isso com a venda de veículos elétricos para evitar pagar as multas de CO2 da UE. A Volkswagen diz que, quando iniciarem a produção em massa [do elétrico ID.3], poderão vendê-lo por 30.000 euros. Eu acho que é uma afirmação ousada. É um veículo de segmento compacto; não estamos a falar de um Smart. Hoje, na Kia, não somos capazes de lançar um veículo elétrico a 30.000 euros”.
Para a Kia, um Picanto elétrico fará todo o sentido, afirma Emilio Herrera: “Não temos alternativa. Teremos de o fazer. Os segmentos A [citadinos] e B [utilitários] são muito importantes na Europa. Em Itália, estes segmentos representam 50% do mercado. Teremos de ter um segmento A que seja elétrico”.
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Postagem: Picanto poderá ter versão elétrica
Publicado no Verdesobrerodas
Por Motor 24 conteúdo
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