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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Mineraçāo ganha caminhão elétrico com capacidade de 65 tonelada de carga


Caminhão elétrico desenvolvido na Suíça dá conta do trabalho pesado na mineração e ainda gera boa parte da energia de que necessita

Eletrificar caminhões pode parecer incoerência, uma vez que as pesadas e volumosas baterias roubam parte do espaço e da capacidade de carga do veículo.

A farta quantidade de torque que os motores elétricos geram, desde o instante em que são ligados, porém, compensa, e muito, qualquer perda nesse sentido. A prova disso é o eDumper, um caminhão basculante elétrico desenvolvido pela empresa suíça eMining que carrega até 65 toneladas. O eDumper é tido como o maior veículo elétrico do mundo.

Além de grande – 9,11 m de comprimento, 4,26 m de altura, 4,26 m de largura –, ele tem um poderoso conjunto de baterias com capacidade de 600 kWh, o que equivale a seis vezes a reserva de um Tesla S com o pacote de longo alcance (100 kWh). Ele foi produzido a partir de um caminhão já existente, o Komatsu HD605-7, para Ciments Vigier, preocupada em reduzir suas emissões de CO2.

Segundo a Vigier, que usa os brutos para carregar minério do alto de uma montanha até sua fábrica no sopé, um basculante a diesel substituído por sua versão elétrica – que gera a própria energia durante o trabalho (veja ao lado) – pode economizar cerca de 100.000 litros de diesel por ano, deixando de emitir até 262 toneladas de CO2.

Segundo o fabricante, o caminhão eDumper seria capaz de gerar toda a energia necessária para rodar em uma rotina operacional de uma usina de mineração. A empresa baseia seu projeto numa situação bem específica: a partir de certa quantidade de energia armazenada nas baterias, o caminhão sobe um morro descarregado e retorna ao ponto de partida carregado com 65 toneladas.

Na descida, o caminhão carregado geraria teoricamente toda a energia elétrica de que precisa por meio dos freios regenerativos. Mas na prática nem toda energia consumida na subida consegue ser reposta na descida. Segundo o professor doutor Wanderlei Marinho, da Universidade de São Paulo, parte da energia pode ser perdida em forma de frenagem por atrito nas lonas de freio.

E a energia gerada pode deixar de ser totalmente aproveitada em razão de diferentes fatores relacionados à gestão da energia do sistema. “Um fator importante a se considerar é a temperatura de operação das baterias, por exemplo, que não deve exceder valores-limite operacionais”, diz Marinho. A eMining não divulgou qual seria o rendimento em condições iguais de subida e descida. Ou seja: com o caminhão sempre vazio ou carregado.

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Publicado no Verdesobrerodas



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