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quinta-feira, 25 de julho de 2019

Indústria automobilística caminha para a popularização dos eletrificados


A indústria automobilística passa pela maior revolução em 100 anos. A mudança, talvez, seja ainda mais impactante do que a transição na locomoção “do jegue ao patinete”, porque o futuro representa uma grande volta ao passado. 

O primeiro carro fabricado no mundo foi elétrico. E, em termos globais, é para a popularização dos eletrificados que se dirige o setor, guiado pela noção de sustentabilidade e pelas metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, no entanto, falta acelerador.

Em um país cuja frota é de quase 59 milhões de veículos, foram vendidos 10,6 mil carros elétricos entre 2012 e 2018, de acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). 

Ricardo Guggisberg, presidente da entidade, explica que a indústria brasileira ainda é muito focada no motor a combustão. “O veículo elétrico é caro por causa das baterias. Isso dificulta o desenvolvimento. Mas ganhamos incentivos, como isenção de imposto de importação e de produção. Com a evolução e a queda dos preços, o cenário vai mudar”, aposta.

Nos próximos cinco anos, a ABVE projeta um crescimento do mercado de 300% a 500%, com base nos números de 2017, de 3.296 unidades licenciadas. Em 2026, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê que os veículos elétricos híbridos não plug-in (com um motor elétrico e outro a combustão) representarão 2,5% dos licenciamentos, ou cerca de 100 mil unidades. 

A EPE estima que os veículos híbridos plug-in (com dois motores e possibilidade de recarregar na corrente elétrica) e os totalmente elétricos a bateria (BEV) não entrarão no mercado antes de 2026 e ainda serão estatisticamente pouco significativos em 2030.

Para os especialistas, o que segura o avanço é o lobby das grandes montadoras no Brasil, que preferem produzir um carro barato e poluente do que investir na tecnologia de ponta, e do setor sucroalcooleiro, que aposta na substituição da gasolina pelo etanol para o país alcançar as metas de redução de emissões. Andrea Cardoso, diretora executiva da Accenture para indústria automotiva no Brasil, diz que o desafio elétrico também passa pela “dobradinha custo e infraestrutura”. As baterias são caras e faltam postos de abastecimento no país.
  
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Publicado no Verdesobrerodas



Por Correio Braziliense conteúdo

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