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domingo, 16 de dezembro de 2018

Toyota aposta em carro híbrido com ethanol no Brasil


A Toyota vai iniciar no País, no fim de 2019, a produção de um automóvel híbrido flex que será movido a eletricidade e a etanol ou gasolina. A montadora japonesa não informou qual modelo receberá a nova tecnologia, mas o mercado aposta no sedã Corolla e no hatch Prius, que já é importado na versão híbrida a gasolina e foi testado com etanol em uma viagem de São Paulo a Brasília em março.

A tecnologia, que permite usar etanol no lugar da gasolina em combinação com o motor elétrico, foi desenvolvida por engenheiros do Brasil e da matriz japonesa e é inédito no mundo. A Toyota também fez parcerias com instituições brasileiras, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Brasília (UnB) e a União da Agroindústria Canavieira (Unica).

O anúncio da produção nacional ocorreu na quinta-feira, 13, em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Michel Temer.  O investimento para a produção não foi revelado, mas parte está inserida no plano de R$ 1 bilhão anunciado em setembro para a fábrica do grupo em Indaiatuba (SP).

De acordo com a Toyota, o novo investimento será usado na instalação de novos robôs, soluções de ergonomia na fábrica inaugurada em 1998 e flexibilidade para produzir outros modelos. A unidade está sendo preparada para produzir a nova geração do Corolla na mesma plataforma do Prius, por isso a expectativa de que os dois tenham versões híbridas.

 “Este é um marco, não só para a Toyota do Brasil, mas para toda a indústria nacional e estou muito orgulhoso dos nossos engenheiros, que trabalharam em conjunto com a equipe de nossa matriz para oferecer esta solução híbrida a etanol aos clientes brasileiros!, disse Steve St. Angelo, CEO da Toyota para América Latina e Caribe e Chairman da Toyota do Brasil, Argentina e Venezuela.

O projeto, lembrou, está em linha com o programa Rota 2030, sancionado por Temer na terça-feira.  Entre as medidas do programa está a redução de até 3 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros híbridos e flex. Carros elétricos e híbridos já tinham sido beneficiados recentemente com a redução do IPI e, nesse caso, trata-se de um corte extra do imposto.

"Esse trabalho destaca o Brasil no cenário mundial das alternativas para a eletromobilidade, como produtor de um dos automóveis mais limpos do mundo", afirmou Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.

Segundo a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), o uso de biocombustível fará com que as emissões dos veículos híbridos brasileiros sejam um terço menores do que as dos híbridos europeus. Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) indicam que circulam no Brasil cerca de 7 mil carros elétricos e híbridos. Neste ano, até novembro, foram vendidos 3.533 veículos dessas categorias, o equivalente a 0,2% do mercado total de automóveis e comerciais leves.

No Salão do Automóvel, realizado em São Paulo no mês passado, as montadoras anunciaram o lançamento de cerca de 20 modelos elétricos e híbridos no País até 2022. O único a ser produzido localmente, por enquanto, é o da Toyota.

Entre os modelos que já estão à venda no País estão o Prius híbrido (com motor elétrico e a gasolina), por R$ 120 mil. O elétrico Leaf, da Nissan, custa R$ 178,4 mil, e o Zoe, da Renault, é oferecido a R$ 149 mil. Em breve, o Chevrolet Bolt chegará ao País em 2019 a R$ 175 mil. Também anunciaram vendas de veículos eletrificados Volkswagen (Golf GTE híbrido), Kia (Soul elétrico) e Audi (e-Tron), entre outros.

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Publicado no Verdesobrerodas



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