O futuro dos transportes pode ser muito mais simples do que carros voadores ou drones entregando pizzas. Em virtude dos custos, melhor logística, diminuição de acidentes e saúde pública e do meio ambiente, uma grande tendência de mobilidade urbana que ganha cada vez mais força é a bicicleta elétrica.
A tecnologia não é exatamente nova. Há registros de experimentos com bikes movidas a eletricidade que datam do século 19 e o Japão é um dos precursores na inserção do veículo nas ruas desde 2006. No Brasil, a estimativa de um estudo feito pela Aliança Bike com a Sidera Consult é que até o fim do ano o país tenha cerca de 31 mil unidades.
Por enquanto, a pesquisa afirma que no Brasil 0,2% de marketshare é das bikes elétricas, o que deixa o país em último em relação a 29 países que usufruem da tecnologia. Mas segundo o coordenador de projetos da Aliança, Daniel Guth, a projeção é que em 2023, 250 mil unidades de bicicletas elétricas serão vendidas por ano.
"Conforme o Contran [Conselho Nacional de Trânsito] 465, de 2013, uma bike elétrica tem ao menos duas rodas, um motor de no máximo 350 watts que auxilia na propulsão do condutor e não pode exceder 25 km/h", classificou Guth. Já os ciclomotores têm potência de até 4 mil watts, não tem pedal, possuem acelerador, precisam de emplacamento e não podem trafegar em ciclovia.
O empresário Roberto Marques, proprietário da loja Dome Bikes, localizada em Ilhabela, pretende iniciar o aluguel de 30 bicicletas elétricas na cidade do litoral norte ainda em dezembro para amenizar o trânsito que aumenta muito com a temporada do verão. "Queria empreender com algo que trouxesse algum tipo de solução sustentável e esse tipo de bike tem baterias removíveis que são carregadas em até três horas e te dão autonomia de até 60 km", explica.
Marques testou os aparelhos e conta que as marchas convencionais do câmbio trabalham combinadas com as marchas do motor elétrico, ambas acionadas nos manetes. O motor só é acionado quando o ciclista pedala. O empresário compara a sensação de usar o equipamento com a de um vento forte soprando nas costas que impulsiona para frente.
"O que as eBikes proporcionam é uma simbiose da força humana com a força eletromecânica sem emitir poluentes, ou seja, definitivamente, não é bicicleta de preguiçoso", defendeu Marques. Por enquanto, 20% das lojas de bicicleta vendem elétricas e o preço médio fica em torno de mais de R$ 7 mil por causa da alta tributação.
VerdeSobreRodas, o ponto de encontro com a mobilidade sustentável
Postagem: Bicicleta elétrica ganha espaço no mercado
Publicado no Verdesobrerodas
Por Destak conteúdo
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