O veículo elétrico teve na última semana notícias de significativa evolução. O fabricante que continua sem apostar na mobilidade elétrica e híbrida, ainda tem tempo para rever os seus conceitos. Mas não será sempre assim, daqui a pouco os espaços estarão preenchidos, e os simpatizantes de São Tomé, não poderão reclamar da falta de alertas, que não foram poucos.
Aliás, Carlos Ghosn, presidente da Aliança Renault-Nissan, de quem peguei emprestado a frase que dá título a este artigo, em entrevista realizada em 06/07/2013, na cidade francesa de Aix-en-Provence, disse que “o investimento em veículos híbridos e elétricos não é uma aposta, é uma certeza.” Neste sentido, vale ressaltar que até o momento em que escrevo este artigo, nenhum presidente das mais de 200 montadoras existentes, veio a público garantir o contrário do que revelou Ghosn.
Fazendo uma síntese das principais publicações da última semana, em 2011, na China, foram vendidas 28 milhões de e-bikes, contra 19,3 milhões de veículos automotores a combustão interna. A mesma notícia evidencia que a Europa recebeu 2,6 milhões de bicicletas elétricas, fabricadas na China.
O mercado de bicicleta elétrica deve expandir-se substancialmente, pois está sendo lançado equipamentos que transformam facilmente bicicletas mecânicas em elétricas. Como e o caso do dispositivo Rubbee, que permite a bicicleta rodar 25 km com uma única carga, e ser totalmente carregada em apenas duas horas. O equipamento está disponível para a venda no mercado.
Outra notícia que sustenta a afirmação do presidente Ghosn, é o relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), informando que a bateria de iões de lítio para o carro elétrico, está apresentando rápida queda de preço no país.
Segundo o relatório, graças aos avanços tecnológicos e a crescente capacidade de fabricação nacional, o custo de uma bateria reduziu quase 50 por cento no último quatro anos, e deverá cair para US$10.000 em 2015.
Ainda com relação a evolução dos veículos elétricos globalmente, temos outras evidências. A Renault, por exemplo, iniciará em breve a fabricação em massa do seu modelo elétrico ZOE. Até então, ele era produzido apenas para atender pedidos pontuais. Para apoiar a produção do ZOE, a Renault construirá uma fábrica de baterias ao lado da planta de automóveis de Flins, na França.
Também, as marcas Audi e Mercedes-Benz anunciaram aumento da frota de carros híbridos. A Porsche, por sua vez, revelou a meta de vender 10 mil unidades do Panamera Hybrid Plug-In, significando o dobro do que foi alcançado em 2011. A BMW acaba de apresentar o i3 e i8, com possibilidade de vende-los no Brasil.
Desde a introdução no mercado em Janeiro de 2011, mais de 110 mil veículos elétricos (plug-in) foram vendidos nos Estados Unidos. Comparado aos primeiros anos de híbridos no mercado Norte-Americano, foram vendidas o dobro de carros elétricos (plug-in) desde sua introdução no mercado em 2011.
No Reino Unido o governo anunciou que ampliará continuamente a rede de carregamento na cidade e nas residências. A região espera contar com 20% de participação de carros elétricos, algo em torno de 1,5 milhão de unidades, até 2020.
Naturalmente, durante a última semana, houveram várias outras notícias sobre a evolução dos híbridos e elétricos, basta acessar verdesobrerodas.com.br é comprovar. No entanto, selecionei as acima evidenciadas por considerá-las as mais importantes.
Ótima semana,
Evaldo Costa
Escritor, conferencista e Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Blog: verdesobrerodas.com.br
E-mail:
Siga no Twitter/LinkedIn/Facebook/Orkut:






