
Quem ainda pensa que carro elétrico é coisa do futuro, está redondamente enganado. Aqui nos Estados Unidos, de onde escrevo este artigo, a iniciativa privada e o governo não economizam esforços e investimentos financeiros para que o consumidor nāo tenha nenhuma dúvida na hora de optar por um veículo elétrico.
Segundo o site do “todo poderoso” New York Times (http://www.nytimes.com), desta última sexta feira (22/10), o governo americano acaba de anunciar investimento de 1,5 bilhões de dólares para desenvolver estrutura para o carro elétrico e, principalmente, bio-combustível, já que o governo deseja reduzir a poluição oriunda dos veículos e a dependência de combustível derivado do petróleo.
A iniciativa privada, pelo que se vê por aqui, não economiza esforços para que soluções "verdes" predominem. Ontem fui a Sears, comprar um mapa para atualizar o meu aparelho de GPS e, logo na entrada do enorme estacionamento, percebi um bem montado quiosque de limpeza de carros, com uma enorme facha anunciando lavagem sem água. Como assim: para lavar um veículo precisamos usar água, mesmo que em pequena proporção, certo? Errado! A proposta da empresa é lavagem orgânica.
Eles utilizam pequenas máquinas, em formato de mochila, que pulverizam quantidade mínima de um líquido orgânico e com um material especial, que mais parece uma esponja marinha, limpa a sujeira deixando a lataria do carro com um brilho especial. Daí, fui saber o preço da lavagem completa (aspirar e limpeza externa). Adivinhe quanto? Apenas U$20,00.
Confesso que fiquei surpreso, pois naturalmente, esperava que custasse bem mais. Detalhe: havia fila para comprar os serviços em minha chegada e horas depois quando deixei o local e fiz questão de conferir.
Outra novidade para apoiar a chegada do carro elétrico, a partir de dezembro, no mercado americano, foi o anúncio da Siemens de que estará investindo na fabricação de estaçōes de recarga, a exemplo do que já faz outras empresas, como a Better Place, EcoTality e Coulomb.
Apesar de ainda não estar claro, essas organizações, provavelmente, prestarão outros serviços além de carga de baterias.
Como se sabe, o mínimo possível de tempo de recarga parcial de uma bateria, com a tecnologia disponível atualmente, será de trinta minutos. Não faz muito sentido no mundo dinâmico em que vivemos, onde as pessoas parecem caminhar na velocidade dos carros, desperdiçar todo esse tempo, aguardando uma simples recarga. Faz muito mais sentido oferecer outros serviços adicionais, como entretenimento, cuidados pessoais, alimentação, informações e dados (acesso "free" a internet, conteúdo jornais, livros etc). O que não faltarão serão atividades para atrair e conquistar o consumidor, pois está é uma habilidade que os americanos podem se orgulhar de deter.
Todo esse investimento faz todo o sentido, afinal de contas, até o final do ano, muitos carros estarāo circulando pelas ruas dos Estados Unidos e ninguém deseja frustrar o consumidor, disposto a fazer a sua parte para que a qualidade do ar que respiramos seja melhor. Mas, a preocupação deve ocorrer em todas as partes, no Japão, por exemplo, o Nissan Leaf teve toda a sua produção de 2011 vendida antes mesmo que uma única unidade saísse da linha de montagem. E quanto a você? Está disposto a fazer a sua parte para deixar uma herança menos perversa aos futuros habitantes de nosso planeta?
Pense nisso e ótima semana,
Evaldo Costa
Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil Escritor, consultor, conferencista e professor
Site: www.carroeletriconews.blogspot..com
Site: www.icbr.com.br
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