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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Nissan Leaf vende 16 mil unidades

Você deseja comprar um carro elétrico? Sim, foram o que responderam 16.000 clientes que investiram U$99,00 para reservar o Nissan LEAF nos Estados Unidos. A Nissan começou a aceitar pedidos para o Leaf em maio deste ano, conforme notícia divulgada nesta sexta (23/07) pelo site da revista Forbes (www.forbes.com).

O carro começará a ser entregue no final do ano. Naturalmente, há algumas limitações para os primeiros proprietários. Mesmo no estado da Califórnia, onde há muitos incentivos para veículos elétricos, ainda não há estrutura adequada para os compradores. Quem mora em casa, não terá que se preocupar tanto para carregar as baterias do veículo, já que poderá fazê-lo durante a noite, bastando apenas adaptar uma tomada na garagem. O mesmo não será possível para o consumidor que, por exemplo, residir em apartamento, já que os boxes das garagens dos prédios ainda não estão equipados com tomadas.

A solução pode não ser tão simples, como pode parecer a um observador menos atento, pois não basta a tomada, é preciso haver também sistema inteligente, ainda não disponível, para que o valor do consumo de energia com a recarga seja debitada na conta do usuário e não, por exemplo, no condomínio.

A autonomia da bateria do Leaf é de, aproximadamente, 170 km (variando entre 105 e 235 kilômetros, dependendo das condições climáticas). Durante o dia, com temperatura amena, o carro é mais econômico, já no inverno ou verão (necessitando usar o aquecedor ou Ar-condicionado) e a noite (Faróis e Lanternas ligados) o consumo aumenta, reduzindo consequentemente a autonomia do veículo.

Financeiramente compensa?

O Leaf terá dois modelos, o SL que vem equipado com Painel Solar (para recarregar a bateria), Monitor de Marcha Ré (sensor de alerta quando estiver usando a ré), Luzes Nevoeiro e Sensor que liga e desliga os Faróis automaticamente. A versão SL pode ser comprada por U$26.220,00.

Já na outra versão, a SV do Leaf, é equipado com Sistema de Navegação (GPS), Bluetooth (atendimento telefone sem uso das mãos), Controle de Velocidade Cruzeiro (Piloto Automático), Sistema de Freagem Regenerativa (recarrega baterias na frenagem) e aro de 16 polegadas. Esse modelo custa U$25.280,00.

Os preços acima já estão com incentivo de U$7.500,00 do governo, mas sem os impostos. No entanto, dependendo da região em que o consumidor more, poderá sair mais em conta. O estado da Califórnia, por exemplo, oferece benefício adicional de U$5.000,00. Há também incentivo no consumo de energia para recarregar as baterias do carro. Como sabemos, os carros elétricos ainda têm, geralmente, menor consumo de combustível e custo de manutenção.

O Leaf é equipado com assentos feitos de garrafas PET e pára-choques e amortecedores fabricados a partir de material reciclável. Você poderá assistir um vídeo dele acessando http://www.nissanusa.com/leaf-electric-car/index#/leaf-electric-car/video/view/brand_spot.

Evaldo Costa
Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Escritor, consultor, conferencista e professor.
Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas”
Site: www.evaldocosta.com
Blog: http://carroeletriconews.com
Blog: http://evaldocosta.blogspot.com
Site: www.icbr.com.br
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domingo, 18 de julho de 2010

Carro elétrico: os lançamentos continuam


Enquanto no Brasil o tema carro elétrico parece não atrair o interesse dos governantes (a quem cabe regularmentar a produção, uso e comercialização), no exterior o assunto está cada dia mais quente.
Aliás, entre as novidades do salão de París encontra-se o carro conceito Renault DeZir (?v=fCUmioAFNRY). O DeZir acelera de 0 a 100 km/h em apenas cinco segundos. Com potência de 147 cavalos o modelo da Renault pode alcançar velocidade de 180km/h. O carro é um cupê elétrico de dois lugares com tração traseira e abertura de portas para cima e em sentidos opostos.
O veículo deverá ser um referencial de estilo dos carros da Renault. Quanto à escolha do nome do carro, não se sabe ao certo, mas especula-se que DeZir seja a pronúncia em francês de desejável e o Z vem do ZE nomenclatura que a Renault adota quando se refere a veículos zero emissão.
O carro é construido sobre estrutura tubular e usa material moderno a fim de reduzir o peso. A bateria é resfriada através de entradas de ar na parte frontal e laterais do carro. Ela pode ser totalmente recarregada em 8 horas ou 80% da carga em 20 minutos. O tempo de recarga ainda é longo, mas seguramente novas baterias estão em desenvolvimento para otimizar o tempo de recarga e a autonomia. Foi assim com o celular, com os computadores e muitas outras tecnologias.
Bem que o governo brasileiro poderia fazer a sua parte para que o país entre para a rota dos carros elétricos. Aliás, um bom começo poderia ser no Salão Internacional do Automóvel que ocorrerá no mês de outubro em São Paulo.
Aliás, uma eventual sinalização de boa vontade do governo brasileiro poderia, também, antecipar a chegada dos modelos Híbridos, a exemplo, do Toyota Prius, na versão 1.8 CVT e com garantia de três anos, é comercializado na Argentina por U$41.900,00.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Carro Elétrico: estamos olhando o binóculo pelo lado contrário?


O governo brasileiro às vezes tem atitude capaz de encantar até os países mais desenvolvidos, a exemplo, de fazer da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) um orgulho nacional. Já em outras ocasiões, como agora, com o assunto do carro elétrico, mais parece uma avestruz com a cabeça enterrada no arbusto.

A comunidade internacional, indústrias, governos, organizações não governamentais, lideranças mundiais e boa parte dos países do globo terrestre, mostram-se interessados em conversar para apoiar o desenvolvimento do carro elétrico, pois enxergam, um importante auxílio para sanar questões ambientais e geopolíticas.

O governo brasileiro parece ser um dos poucos que insiste em ignorar o assunto, muito embora tenha dado, recentemente, sinais de maturidade ao aceitar dialogar e até dizer-se disposto a investir, para ter uma marca de carro nacional. Mas, infelizmente, mesmo contra a vontade da maioria, o presidente Lula recuou e cancelou um encontro que estava agendado para o dia 25 de maio, quando seria discutida a participação brasileira no tema.

Qual, afinal de contas, seria o motivo do silêncio? É sabido que 98% da energia elétrica produzida no Brasil, atualmente, não é poluente: 85% deriva-se de Hidroelétricas; 6% de Usinas Termoelétricas movidas a Gás Natural, Biodiesel e Etanol; 4%, Nuclear; 2%, Eólica e 1%, Solar.

Por outro lado, metrópoles, como São Paulo, tem 90% da poluição oriunda das descargas de veículos automotores. Além disso, a redução da poluição sonora com o carro elétrico será enorme, já que o motor quase não faz barulho. Ressalta-se ainda que não estamos falando de um país com frota pouco expressiva. O Brasil é o quinto maior mercado automobilístico do mundo.

O que falta então para o governo brasileiro dar um passo em direção ao diálogo e ao desenvolvimento? Seria a preocupação com a possibilidade de comprometimento da principal fonte geradora de energia, já que no passado recente tivemos apagões? Esse argumento não se sustentaria, pois as baterias dos carros elétricos poderiam ser recarregadas em horários de baixo consumo, a exemplo, do período da madrugada.

Seria então o fato do nosso país dispor de um modelo bem-sucedido de motores bicombustíveis? Não creio, pois o carro elétrico não é concorrente dele. É, na verdade, uma tecnologia complementar. Aliás, o país tem muito mais a ganhar com a diversificação da frota, em termos de combustíveis, do que com a concentração.

Não podemos esquecer dos problemas de falta de abastecimento de álcool que a população brasileira convivieu em um passado recente. Além disso, o pré-sal pode não ser a pérola que muitos imaginam e uma crise do petróleo, que pode parecer improvável, não deve ser ignorada.

O carro elétrico não é um assunto político, mas sim social, econômico e de saúde pública. O que está em jogo é a melhoria da qualidade do ar que respiramos no planeta e por que não dizer de nossa sobrevivência? O Brasil cujas pretensões de representatividade junto a comunidade internacional – assento permanente na Organizacação das Nações Unidas (ONU), por exemplo, só é proporcional aos seus limites territoriais, não pode apequenar-se diante de fato tão relevante.

É preciso estar atento para os riscos que o governo corre ao optar pelo não enganjamento do carro elétrico como forma de melhorar o meio-ambiente – e não podemos ignorar que a omissão é uma opção. No mínimo, seremos responsabilizados por retardar o desenvolvimeto, e o que é pior, deixar um elevado custo ambiental para os nossos filhos e netos. Que fiquemos todos atentos ao que disse o grande líder Winston Churchill: "O preço da grandeza é a responsabilidade."

Pense nisso e ótima semana,

Carros elétricos: os esforços continuam

A cada dia mais, aumentam os esforços para que o carro elétrico ganhe as ruas em números maiores. Desta vez, a notícia vem da China, onde na última semana a Daimler AG, da Alemanha, que detem a marca Mercedes-Benz, juntou-se à montadora BYD Co que é lider na fabricação de baterias na China. Com 50% de participação para cada, elas criaram uma joint venture chamada Shenzhen BYD-Daimler New Technology Co, a fim de desenvolver um “carro verde” para o mercado chinês.

A nova empresa aposta na liderança chinesa na produção de carros elétricos, já que o país busca reduzir os altos indices de poluição. Daí querer estar entre os maiores mercados de veículos com "emissão zero" nos próximos anos. Para isso, a nova organização pretende investir 600 milhões de yuan (87.900 mil dólares americanos) em pesquisa e desenvolvimento.

Mas não é só de fora que tivemos, na última semana, boas notícias. Por aqui, os esforços para disseminação do carro elétrico continuam. Enquanto o governo não dá sinais claros de que pretende mesmo investir em uma marca nacional, o estado continua a apoiar as iniciativas para adoção de carros com “poluição zero”. Notícia veículada no G1 (http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/06/carros-eletricos-reforcam-patrulhamento-na-bahia25062010.html), relatou o uso de cinco carros elétricos, recebidos pela Policia Militar da Bahia para fiscalizar praias e ruas do centro da capital baiana.

Os carros são equipados com baterias que possuem autonomia para dez horas, podem transportar quatro pessoas e atingem velocidade de vinte kilômetros por hora. Naturalmente, uma iniciativa muito legal. Que bom se for ampliada e aderida por outros governos. O Rio de Janeiro, por exemplo, que trabalha para viabilizar mega eventos que ocorrerão no futuro próximo, a exemplo da Copa do Mundo de futebol em 2014, bem que poderia adotar os carros elétricos em escala maior, dando sua contribuição, à medida que ressalta o compromisso com o meio ambiente.

Mas, não temos que pensar somente nos veículos elétricos, mas também em seus componentes. Foi o que fez a Michelin que produzirá pneus com óleo de girassol. A novidade promete reduzir o coeficiente de resistência ao rolamento, diminuir o desgaste e o consumo, já que o motor terá menos esforço para mover o veículo.

Seria muito bacana se outras empresas, seguissem os passos da Michelin, que em prol da sustentabilide, empenha-se na fabricação de produtos que afetem cada vez menos o ecossistema. Já que copiar virou palavra de ordem nestes novos tempos, que copiem os bons exemplos, também.

Pense nisso e ótima semana,

Evaldo Costa
Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Escritor, consultor, conferencista e professor.
Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas”
Site: www.evaldocosta.com
Blog: http://evaldocosta.blogspot.com/
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Carro elétrico mais próximo do consumidor

Pode não parecer, mas a cada dia o carro elétrico está mais próximo do consumidor. Está chegando a hora de cuidarmos da infra-estrutura para recebê-lo? Naturalmente teremos que nos preparar em várias frentes. Temos que cuidar das políticas de desenvolvimento de produtos, tecnologias de motorização, abastecimento, suprimento, regulamentação, rede de distribuição etc. E qual é o melhor momento para começarmos a nos estruturar?

O melhor momento é agora. Naturalmente, antes da chegada dele, precisamos contar com um mínimo de infra-estrutura. Quem estiver construindo imóveis, por exemplo, deve se preocupar com tomadas nas garagens. Estacionamentos, públicos e privados, devem possuir tomadas nos boxes, shoppings centers devem adequar seus estacionamentos para que os clientes carreguem as baterias do veículo enquanto fazem compras. Empresas devem ajustar suas instalações para que os seus funcionários recarreguem os carros enquanto trabalham etc.

Engana-se quem pensa que tudo isso pode demorar décadas, nunca houve tantos investimentos para o desenvolvimento do veículo elétrico quanto atualmente. E o investimento aumenta a cada dia. O resultado é a rápida evolução tecnológica. Para se ter uma ideia, na Maratona de Eficiência Energética de 2009, onde competiram alunos de diversas faculdades do Brasil, o carro elétrico com maior autonomia atingiu 39,6km percorridos. Na última semana, um grupo do Japão denominado Japan EV Club, converteu um Daihatsu Mira, originalmente movido à gasolina, para eletricidade e quebrou o seu próprio recorde mundial, que foi de 550km indo de Tóquio a Osaka, ao completar a viagem de mil km sem recarga.

A americana Tesla Motors está trabalhando duro para aumentar a produção de seus carros. A rede de distribuição deles cobre vários estados americanos e já alcança o Canadá e alguns países da Europa. Na última semana, um alto executivo me revelou não ter planos, a curto prazo, para o mercado brasileiro. Mas, isso dependerá de muitos fatores, entre eles a disposição do governo brasileiro em investir para viabilizá-los.

Países como Estados Unidos, Japão, Israel, França, Alemanha, Canadá, Inglaterra, China, Austrália, entre outros, possuem projetos para subsidiar e desenvolver a produção em massa do veículo elétrico. O Brasil também começa a se mexer. Por aqui, as montadoras que mais investem em veículos elétricos são Fiat, que desenvolve o Palio Elétrico em parceria com a Itaipu Binacional — e a Mitsubishi, cujo modelo i-MiEV já roda em São Paulo para testes.

O governo brasileiro precisa dar os primeiros passos visando à adequação nos tributos, homologação do veículo elétrico e estímulo à produção e ao consumidor. Pequenas demonstrações, neste sentido, surgem diariamente em várias partes do planeta. A China, por exemplo, na semana passada, deu um passo para colocar carros 100% elétricos nas ruas. A montadora BYD deu um passo à frente dos concorrentes, colocando uma pequena frota de táxis (seis veículos) elétricos rodando na cidade de Shenzhen (ver http://www.vancouversun.com).

Pode parecer uma iniciativa pequena, mas são com esses pequenos experimentos que o carro elétrico ganhará as ruas do planeta, mais cedo do que se espera.

Pense nisso e ótima semana,



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Carro elétrico no Brasil: finalmente uma boa notícia

De tudo que tenho escrito, este é, provavelmente, o artigo que terei mais prazer em produzir. Comentarei o oportuno pronunciamento do governo sobre a possibilidade do Brasil ter uma fábrica de automóvel de carros elétricos. A notícia divulgada pelo G1 (http://g1.globo.com/carros/noticia/2010/06/governo-avalia-possibilidade-de-criar-uma-fabricante-de-veiculos-nacional.html), nesta última semana, revela que a chegada do carro elétrico pode significar uma nova oportunidade para a indústria nacional ter a sua própria marca. Segundo a publicação, o Brasil poderá ser sócio de alguma marca existente ou de uma nova que seguramente surgirá.

O mundo está próximo de produzir 70 milhões de veículos e, aproximadamente, 5% deste total sairá de fabricas brasileiras. O problema é que nenhum deles, infelizmente, será brasileiro. Temos tudo para brilhar no setor de carros, como já ocorre em outros setores. Veja, por exemplo, a indústria aeroespacial brasileira, tão bem representada pela Embraer, sobrevoando o planeta e nos enchendo de orgulho pelos comprovados índices de qualidade e aceitação internacional. O que dizer da nossa indústria naval, que produz navios que diariamente cruzam os oceanos transportando produtos a várias nações? E a construção civil, que pavimenta rodovias nos quatro cantos do planeta?

Falta sim um carro brasileiro para juntar-se a uma frota que cresce a cada dia. Temos ótimos engenheiros, designers e empresários dispostos a investir para o desenvolvimento nacional. Faltava o governo tomar partido e dar o pontapé inicial. E isso parece ter ganho forma coma a notícia recém-divulgada. O país e o governo Lula podem entrar para a história da indústria automobilística global, pela sábia decisão de competir em um segmento de grande representatividade e, principalmente, por fazê-lo com o carro elétrico, alinhando-se às tendências globais.

Já estava mesmo passando à hora de investirmos em uma marca própria. Todos os demais Bric’s possuem as suas. A China cresce enormemente graças, também, ao invejável desempenho deste setor. A Índia, onde eu estive em janeiro participando da convenção do setor automobilístico em New Delhi, faz o maior sucesso com as suas marcas. Aliás, no Salão Internacional Do Automóvel de lá, ocorrido no mesmo período de nossa visita, o estande do Nano foi um dos mais disputados. A Rússia, um pouco mais tímida, também tem marcas próprias. Como pode o Brasil, que ocupa o quinto lugar no ranking dos maiores construtores do planeta, ficar de fora?

Parabéns ao governo Lula, cuja história começou no chão de uma fábrica de automóveis, pela brilhante, corajosa, simpática e inteligente atitude, evidenciando o comprometimento com o desenvolvimento nacional. Vale aqui lembrar as palavras de Geraldo Vandré: “... Esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Pense nisso e ótima semana,

Carro elétrico no Brasil: mito ou realidade?

A população do planeta cresce, e com ela a frota de veículos automotores. As pessoas precisam se locomover, o transporte rodoviário se faz necessário e os veículos equipados com motores a combustão, movidos, principalmente, a gasolina e diesel são os mais comuns para atender a uma demanda por locomoção crescente.

A população do planeta beira os 7 bilhões de pessoas e a frota mundial de veículos automotores supera 1bilhão e continua crescendo, pois a cada ano são mais 70 milhões de veículos produzidos. O transporte rodoviário mundial, segundo levantamento da OICA - Internacional Organization of Motor Vehicle Manufacturers (Organização Internacional de Fabricantes De Veículos Automotores) é responsável por 16% das emissões de CO2. Não podemos dizer que os veículos são os maiores poluidores do planeta, porque ainda não são, mas se levarmos em conta a vida nos grandes centros urbanos a situação é preocupante.

As metrópoles estão, a cada dia mais sufocadas, respirando ar carregado pela poluição dos motores. A qualidade de vida piora nos grandes centros, onde as doenças respiratórias e alérgicas crescem, e com ela, a taxa de mortalidade fruto das emissões de CO2. É verdade que este não é um problema que afeta apenas o Brasil, mas o mundo todo. O que fazer para impedir que o problema se agrave?

Governos buscam alternativas ora com políticas públicas e, ora com incentivo a diversidade da produção. No Brasil, o carro flex (Etanol-Gasolina e Gás) domina o mercado. Em outras partes do planeta, a exemplo, de Estados Unidos, Canadá, Japão, China, França, Alemanha, Israel e Austrália o governo e a iniciativa privada trabalham juntas para desenvolver carros elétricos eficientes.

Essa semana que passou, por exemplo, a Mahindra anunciou que comprará 55,2% da fabricante de carros elétricos Reva, para oferecer mobilidade sustentável. A Daimler e BYD criaram uma empresa para a produção de carros elétricos na China. A Nissan constrói, nos Estados Unidos, fábrica capaz de fornecer baterias para 200 mil carros elétricos por ano. Das grandes montadoras globais, quase todas trabalham para reduzir as emissões de carbono vinculadas ao aquecimento global.

No Brasil, ainda não há nenhuma iniciativa clara, mas o país foi escolhido para sediar um dos mais importantes eventos com foco em obter soluções para mobilidade mais limpa. Trata-se da 10ª edição do Challenge Bibendum, que será realizado no Rio de Janeiro, de 30 de maio a 3 de junho de 2010. Também, apesar de acanhada, há iniciativa do governo para estudar o tema. Na última semana, uma tentativa para reunir em Brasília os ministros Guido Mantega (Fazenda), Miguel Jorge (Indústria e Comércio Exterior), Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), empresários e representantes do setor automobilístico nacional, foi frustrada, com o presidente Lula cancelando (ou adiando) o evento momentos antes dele ocorrer.

Que o Brasil tem outras prioridades, como o Proalcool (Programa Nacional do Álcool)e o pré-sal, isso é claro e notório, mas o que não dá é ficar de fora de um movimento tão importante para a saúde do planeta, como é o projeto do carro elétrico.

Pense nisso e ótima semana,

Evaldo Costa
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